Cisto de parede vaginal anterior.
Pelas características e localização o principal diagnóstico diferencial seria o Divertículo de Uretra, que teria comunicação com a mesma.
Com este vídeo de Brasília dando as boas vindas ao ano de 2012, com a mesma alegria, quero dizer que todos são bem vindos a este blog onde poderão acessar meus sonogramas ou de colegas que queiram publicar suas imagens, desde as mais comuns que de alguma forma poderão ajudar àqueles que estão iniciando neste importante e apaixonante método propedêutico, prático e de alta resolutividade, aos sonogramas mais raros. Também serão postados casos clínicos, favorecendo o aprendizado, principalmente nos casos em quê somos obrigados a usar o termo "SUGESTIVO DE", " CORRELACIONAR COM A CLÍNICA"ou ainda pior, o desaconselhável "PONTO DE INTERROGAÇÃO", que só acabam quando se acompanha o caso até o diagnóstico definitivo, o quê na maioria das vezes não é possível por não termos o "feedback". Como atuo também em serviço de urgência, Hospital Regional da Asa Norte, (H.R.A.N.), Brasília-DF, proporcionando-me a oportunidade do acesso até ao diagnóstico histopatológico, postarei casos similares aos seus ou até mesmo seus, que poderão esclarecer suas dúvidas. Serão postadas dicas para diagnósticos diferenciais, sem reservas, lembrando-lhes de quê não sou o dono da razão, atuamos em uma área altamente dinâmica, onde os livros quando são lançados já estão desatualizados e crescemos a cada dia com a melhora dos equipamentos e os casos novos.
Sempre tive a vontade de compartilhar meus casos e minhas experiências na ultrassonografia, tendo acumulado imagens na intenção de lançar um atlas. Estava passando este feriado de carnaval com meu filho em São José dos Campos-SP e ele sugeriu a criação deste blog, que foi imediatamente aceita.
Este blog está apenas iniciando, estou postando imagens e irei acrescentando os textos. Estamos abertos às críticas, sugestões e dúvidas. Quem tiver interesse em publicar suas imagens pode enviar e-mail para wlustosajr@gmail.com
A tunelização miometrial, também conhecida como hérnia de segmento, é uma complicação pós-parto operatório onde não ocorre a completa cicatrização do miométrio, ficando uma solução de continuidade no local da histerorrafia, tendo muitas vezes apenas o peritônio visceral como barreira entre as cavidades uterina e abdominal. É um achado ecográfico relativamente comum e clinicamente apresenta-se como um sangramento tipo borra-de-café que ocorre imediatamente após à menstruação e prolonga-se por 3 a 5 dias. Além do inconveniente sangramento, a tunelização favorece às roturas uterinas em gestações subsequentes, perfurações uterinas em intervenções como curetagem, A.M.I.U. e inserção de D.I.U., assim como quadros hemorrágicos quando é o sítio de implantação do trofoblasto, como no caso demonstrado acima.
Temos um caso onde o D.I.U. foi inserido na parede anterior do útero tendo tido a tunelização como trajeto e descolado o peritônio para alojar-se. Em breve publicarei as imagens.
Paciente c/ atraso menstrual seguido por sangramento, BHCG + e, na avaliação ecográfica, apresentando útero sem saco gestacional e com endométrio fino (S1),S1
ovário direito c/ corpo lúteo (S2),
S2
s. gestacional na região anexial direita contendo embrião (S3)
S3
c/ batimentos cardíacos (S4),
S4
podendo-se medir CCN (S5)
S5
e a cavidade coriônica (S6).
S6
Paciente c/ atraso menstrual seguido por sangramento, BHCG + e, na avaliação ecográfica, apresentando útero sem saco gestacional e com endométrio fino (S1), ovário direito c/ corpo lúteo (S2), s. gestacional na região anexial direita contendo embrião (S3) c/ batimentos cardíacos (S4), podendo-se medir CCN (S5) e a cavidade coriônica (S6). Esta apresentação da gestação ectópica não costuma gerar dúvidas nem naqueles que a encontram pela primeira vez, dispensando diagnósticos diferenciais.
O D.I.U. ficou perpendicular à parede uterina anterior restando apenas uma delgada camada do miométrio e o peritônio parietal para que caisse na cavidade peritonial. As duas últimas imagens são cortes transversais do D.I.U. envolvido pelo miométrio e peritônio.
O comprometimento miometrial por DTG apresenta perda da interface endométrio/miométrio e áreas de hiperecogenicidade com hiperfluxo no miométrio. Este quadro ecográfico associa-se à persistência do sangramento e níveis elevados das gonadotrofinas coriônicas (BHCG).
Na maioria das vezes é confundida com restos ovulares, o quê leva a paciente a 2 ou 3 procedimentos de esvaziamento.